Memórias em Montauk

terça-feira, 30 de junho de 2009


Sabe quando tudo o que a gente quer é ter um botãozinho "Delete" grudado em alguma parte da nossa cabeça e, a qualquer momento, pressioná-lo? Ao maior estilo Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças, claro. Já passei muito por isso. Queria apagar de uma vez certas pessoas que, ingenuamente, deixei que me magoassem, esquecer momentos que eu gostaria de nunca ter vivenciado, atitudes que tomei magoando pessoas queridas. É duro reelembrar, todo mundo tem seu dia de Clementine. Mas e se esse botãozinho, essa válvula de escape realmente existisse, seríamos plenamente felizes? Acho que não. Parece clichê dizer isso, mas erros - nossos e dos outros - são fundamentais pra construir tudo o que somos hoje, tudo o que seremos amanhã. Sim, porque por mais que seja aliviante apagar coisas da gente, no fim das contas, as memórias são retratos, mesmo que dos erros, e é com elas que saberemos fazer certo da próxima vez. E, não, não é questão de remoer, é questão de aprender. Claro que, se o Mark Ruffalo quiser vir aqui em casa, as portas estão sempre abertas, mas minhas intenções são outras com o moço - faço questão que minhas lembranças permaneçam intactas, obrigada. E trato de manter minhas memórias-retrato penduradinhas na parede. Afinal, sejam 3x4 ou ampliadas, sejam boas ou ruins, elas são nada menos que minha vida.

4 comentários:

Rafael Sperling disse...

Eu sempre uso o botão Delete que tem ao lado da minha orelha esquerda.

Lua disse...

Eu sempre uso o botão Delete, mas ele tá sempre quebrado, rs..

Lia Freitas disse...

isto caiu-me muito bem! ^^
concordo com a visão, moça... e com seu bom humor! ;)

Joyce disse...

Olá, estou de volta!
Adorei seu post...
Beijos, te espero lá.

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