Trainspotting

sexta-feira, 24 de abril de 2009


Choose life.Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television! Choose washing machines, cars, compact disc players and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol, and dental insurance.Choose fixed interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends.Choose leisurewear and matching luggage. Choose a three-piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics.Choose diy and wondering who the fuck you are on a Sunday morning.Choose sitting on that couch watching mind-numbing, spirit-crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pissing your last in a miserable home, nothing more than an embarrasment to the selfish, fucked up brats you spawned to replace yourself. Choose your future. Choose life. But why would I want to do a thing like that? I chose no to choose life..I chose something else. And the reasons? There are no reasons.

Who needs reasons when you've got heroin?

VENDE-SE

sexta-feira, 10 de abril de 2009


É isso aí: hoje em dia não se pode mais nem fazer suas necessidades fisiológicas de graça. Tem que pagar. Dois reias e cinquenta centavos, pra ser mais específica. Quer dizer, pelo menos este foi o preço estipulado no estabelecimento em que esta que vos fala recorreu, quando estava com uma bexiga cheia e sem um centavo no bolso. Devido á crise, alerta, em outros lugares o preço deve ser até mais alto. Isso aí, você paga pra nascer, paga pra viver, paga pra morrer; e a novidade é que agora também paga pra fazer xixi, maoe! Sem gentilezas e camaradagem, agora só na base das verdinhas (sem apologias á erva). Quase mais nada é de graça, e a coisa só tende a piorar. Daqui a pouco, 10 mangos pra pedir um pretê em namoro. Depois 50 se quiser ter uma DR. Vamos pagar pedágio no portão pra entrar no nosso próprio quintal e, depois, mais uma taxa pra abrir a porta e pôr os pés dentro do doce lar. Visitar blogs, em breve, só dando o número da sua conta pra poderem descontar, de acordo com o preço estipulado pelo (ego do) proprietário da página. Tomar um soco bem no meio da fuça numa briga de rua, só depois de abrir a carteira pro agressor. Adversários, adversários, negócios a parte. Aí o mundo vai virar um roubo só e vai ter estelionatário foragido da polícia em todo canto do globo. Quer mais? Com tantas cobranças e gente por aí vendendo até a mãe pra pagar uma lata de sardinha, vai aumentar o número de operadores de telemarketing oferecendo serviços de desconto pra você, cliente fiel. De graça, com a pequena contribuição de alguns reias aí. Comercialização á mil. Bem-vindo ao futuro! Pois é, e ainda não dão razão praquele tiozinho barbudo que fica na rua com a plaquinha de "O Fim está Próximo". Ou aos pobres desafortunados que, na falta de dois e cinquenta, correm pra trás da moita com um rolo de papel higiênico.